O ministro do Interior do Paraguai, Juan Ernesto Villamayor, anunciou nesta segunda-feira (17) que presos brasileiros com pena a cumprir no Brasil serão expulsos do Paraguai. A medida ocorre após rebeliões em dois presídios. Uma delas foi neste domingo (17) na cidade de San Pedro del Ycuamandiyú, a 325 km da capital Assunção e deixou 10 mortos.
De acordo com o governo, o massacre aconteceu por conta de um confronto entre duas facções criminosas rivais, uma é brasileira. As vítimas morreram com golpes de faca e cinco delas foram decapitadas. Parte da cadeia foi incendiada e 14 detentos ficaram feridos.
O diretor do presídio foi exonerado e presos foram transferidos para outras penitenciárias. O governo paraguaio não informou quantos presos brasileiros serão expulsos do país e nem quando a medida começa a valer.
O G1 entrou em contato com o Ministério das Relações Exteriores do Brasil e aguarda retorno.
Expulsões
O Governo do Paraguai vem adotando a medida de expulsar brasileiros que se envolvem com crimes no país. Foi assim como o narcotraficante Marcelo Fernando Pinheiro da Veiga, conhecido como Marcelo Piloto, que estava preso em Assunção e foi expulso do país em novembro de 2018.
Em março, foi a vez do traficante Thiago Ximenes, conhecido como “Matrix”, ser expulso pelo Paraguai para o Brasil. Ximenes foi entregue a policiais federais na aduana da Receita Federal da Ponte Internacional da Amizade, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, na fronteira com Ciudad del Este.
Expulsão do Piloto começou por volta das 5h e ele foi entregue por volta das 7h em território brasileiro — Foto: Ministério Público paraguaio
No dia 25 de abril, a Polícia Nacional do Paraguai cumpriu determinação do governo e expulsou 12 estudantes brasileiros de medicina. Os jovens foram entregues à Policia Federal no prédio da Imigração, em Pedro Juan Caballero, na fronteira com o Brasil.
O Governo do Paraguai alegou que a medida foi tomada porque os brasileiros não possuíam documentação de imigração exigida por lei, e que no momento da prisão, o grupo estava em uma casa participando de uma festa regada a álcool e drogas e com o volume do som acima do permitido.
Os brasileiros envolvidos com crimes no Paraguai concentram-se principalmente próximo a Mato Grosso do Sul. Levantamento feito pelo G1 aponta que uma pessoa foi assassinada por dia nas duas primeiras semanas de junho na região de fronteira do Brasil com o Paraguai, a maioria nas cidades vizinhas de Pedro Juan Caballero e Ponta Porã (MS).
No início de junho, o ministro da Justiça Sérgio Moro esteve em Pedro Juan Caballero para discutir políticas antidrogas. Ele defendeu que é preciso enfraquecer as facções criminosas para combater o crime organizado, a começar pelo poder financeiro dos líderes: "Precisamos isolá-los em presídios de segurança máxima, identificar e confiscar o patrimônio dos chefes do crime".
Expulsão do Piloto começou por volta das 5h e ele foi entregue por volta das 7h em território brasileiro — Foto: Ministério Público paraguaio
No dia 25 de abril, a Polícia Nacional do Paraguai cumpriu determinação do governo e expulsou 12 estudantes brasileiros de medicina. Os jovens foram entregues à Policia Federal no prédio da Imigração, em Pedro Juan Caballero, na fronteira com o Brasil.
O Governo do Paraguai alegou que a medida foi tomada porque os brasileiros não possuíam documentação de imigração exigida por lei, e que no momento da prisão, o grupo estava em uma casa participando de uma festa regada a álcool e drogas e com o volume do som acima do permitido.
Os brasileiros envolvidos com crimes no Paraguai concentram-se principalmente próximo a Mato Grosso do Sul. Levantamento feito pelo G1 aponta que uma pessoa foi assassinada por dia nas duas primeiras semanas de junho na região de fronteira do Brasil com o Paraguai, a maioria nas cidades vizinhas de Pedro Juan Caballero e Ponta Porã (MS).
No início de junho, o ministro da Justiça Sérgio Moro esteve em Pedro Juan Caballero para discutir políticas antidrogas. Ele defendeu que é preciso enfraquecer as facções criminosas para combater o crime organizado, a começar pelo poder financeiro dos líderes: "Precisamos isolá-los em presídios de segurança máxima, identificar e confiscar o patrimônio dos chefes do crime".
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